Pesquisas em andamento
2023 a 2027 – Caracterização da inter-relação entre umidade do solo e a precipitação na América do Sul e seus aspectos atuais
Com a execução deste projeto, pretende-se aprofundar o entendimento dos processos hidrológicos na América do Sul, particularmente a interação entre a umidade do solo e a precipitação. E assim a combinação de dados de sensoriamento remoto e modelagem climática possibilitará aprimorar a precisão das previsões climáticas e ter aplicações úteis na agricultura e gestão de recursos hídricos.
2022 a 2026 – Eventos extremos na bacia do Alto Paraguai e suas implicações para o pantanal
Com a execução deste projeto espera-se contribuir para o conhecimento acerca da climatologia da área de estudo, bem como identificar possíveis mudanças em decorrência das variações climáticas na área de contribuição da BAP e, consequentemente, do Pantanal Transfronteiriço.
2024 a 2025 – Desenvolvimento de algoritmo de inteligência artificial para predição de eventos extremos climáticos
Este projeto visa recalcular/reavaliar os eventos extremos entre os anos 1980 e 2060, tendo como base os dados fornecidos pelo NEX-GDDP-CMIP6, que é uma plataforma que combina dados climáticos de alta resolução com projeções climáticas de última geração provenientes do projeto CMIP6 (Projeto de Intercomparação de Modelos Acoplados – Fase 6).
2021 a 2025 – Influência de fatores socioeconômicos e ambientais sobre as emissões totais de gases de efeito estufa na América do Sul
As mudanças climáticas apresentam impacto significativo no ambiente e os gases de efeito estufa (GEE) são os principais impulsionadores. Estas mudanças são especialmente danosas para populações expostas e/ou vulneráveis, como na América do Sul. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa é analisar indicadores ambientais e socioeconômicos relevantes, o seu efeito nas emissões dos gases de efeito estufa (GEE) na América do Sul (1970-2018) e no Brasil (1990-2020). A análise utilizará dados de 12 países da América do Sul e um estado de cada macrorregião econômica do Brasil (São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Amazonas e Pernambuco). Além disso, no Brasil, serão analisados estados que pertencem à Amazônia legal e Cerrado. Estes dois biomas serão analisados devido seu potencial de emissões de GEE. Na Amazônia ocorrem incêndios florestais de grande escala. Já no Cerrado, profundas mudanças no uso e cobertura da terra ocorrem em função de atividades agropecuárias. Os estados da Amazônia legal serão Roraima (RR), Amazonas (AM), Acre (AC), Rondônia (RO), Mato Grosso (MT), Tocantins (TO), Maranhão (MA), Pará (PA) e Amapá (AP). Já os estados do Cerrado serão Minas Gerais (MG), Bahia (BA), Goiás (GO), Mato Grosso do Sul (MS) e Piauí (PI), além do Distrito Federal (DF). Ao todo, foram escolhidas 16 variáveis explicativas para as emissões de GEE na América do Sul e 21 para o Brasil. Essas variáveis serão utilizadas para estimar vários modelos, que contenham variáveis ambientais e socioeconômicos, com objetivo de verificar a robustez da estimativa dos coeficientes e para reduzir o grau de multicolinearidade. Estas estimativas são importantes para predizer e verificar o efeito de descritores ambientais e socioeconômicos e suas relações com os GEE. O resultado esperado é um modelo que relacionará aspectos ambientais e socioeconômicos importantes no entendimento das emissões de GEE. Além de ser uma importante ferramenta no desenvolvimento de políticas públicas de mitigação de emissões de GEE.
2021 a 2025 – Avaliação da capacidade de provisão de serviços ecossistêmicos em decorrência ao comportamento do fogo e ocorrências de incêndios florestais em unidades de conservação federais
Entre os principais impactos causados ao meio ambiente, destacam-se os relacionados ao regime de fogo. No Brasil extensas áreas são queimadas anualmente, os danos em decorrência as queimas, não só acarretam impactos ao meio ambiente, mas são responsáveis por prejuízos econômicos e sociais. As Unidades de Conservação Federais têm por objetivo proteger áreas de relevância ambiental, buscando preservar a biodiversidade. Todavia essas unidades ainda padecem com as ocorrências de incêndios florestais que tem sua origem natural ou antrópica. Os serviços ecossistêmicos que são aqueles prestados pela natureza, podem ter sua capacidade de provisão comprometida devido a ocorrências de incêndios florestais. Tendo em vista a relação de provisão de serviços ecossistêmicos e incêndios florestais, o objetivo da pesquisa visa entender o comportamento do fogo e condições climáticas das Unidades de Conservação Parna Chapada da Diamantina, Parna Grande Sertão Veredas e Flona Jamanxim, que foram selecionadas devido a diversidade biológica e ecossistêmica, tipos de fitofisionomias, uso e ocupação do solo e extensão territorial, tendo em vista que essas características influenciam no regime do fogo. A finalidade de escolha das áreas baseia-se na análise dos principais impactos causados a provisão de serviços ecossistêmicos e proposta de uma metodologia de valoração ambiental desses serviços, tendo em vista a possibilidade de mitigação dos impactos, após conhecer as respostas da natureza, na provisão de serviços, em virtude do perfil do fogo. Entendendo o comportamento do fogo e os impactos ambientais, sociais e econômicos, pode-se contribuir com o manejo das Unidades de Conservação, fomentando os órgãos gestores de métodos e dados científicos. A metodologia será desenvolvida buscando entender as condições climáticas locais e o comportamento do fogo, por meio de análise de áreas queimadas, focos de calor, tendências climáticas e de queima, por fim, tendo em vista o conhecimento do comportamento do fogo e do clima, avaliar os principais impactos aos serviços ecossistêmicos por meio da proposta de TEEB (2010), adaptando uma metodologia de valoração ao método Costanza (1997).